24 de outubro de 2008

Sou o que sou
não soube mais nada
Subo, parafuso
confuso
Soube que sou
o que sou
nada

12 de outubro de 2008

Pretendo amanhã esperar a carta que nunca veio
Era feliz
Vou em frente
Atravesso o mundo
Até meu muro

A carta pontualmente
Pontua o infinito
Olho a estrela
De um brilho distante
Como um beijo

Sou analfabeta do tempo
Com o tempo
Amanheço
Carrego a ausência da carta
Escrevo

poema de um domingo sem sol

O mar dessa doce terra
Me espera
Em ondas
Parto inteiro
Quando quebro

Areia ao vento

O mar
Aconchego
Leva
Também salgado o meu choro
Desvenda a saudade
Afoga
A superfície