16 de junho de 2008

deixe-me
amar o impossível

mastigar o concreto
mistério

jornadas de pensamento
ilusão
memórias de desejo

sabores
travam os dentes
pecados recolhidos em unhas
e sábados vazios

deixe-me
prender o amor
alheio

lembranças infinitas
paisagens sem historia

é frio
o impossível encobre
descubro
amar

dor e lágrima
corroem
feridas sem carne

o sangue amadurece